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  • Foto do escritorJosé Alexandre F. Diniz F

Acima do Bem e do Mal

Atualizado: 23 de dez. de 2020

Começamos a semana passada com as notícias sobre uma nova variante do coronavírus que teria um maior potencial de se espalhar na população (embora ainda seja preciso investigar melhor a situação). Paradoxalmente, essas notícias vêm justamente quando a Inglaterra começa sua campanha de vacinação. Haja paciência...Na verdade, essa sempre foi uma preocupação dos epidemiologistas e virologistas, quanto mais tempo o vírus permanece entre nós e ocupa hospedeiros – ou seja, pessoas - com características imunológicas diferentes, maior é a chance de que apareçam mutações que modifiquem a sua biologia e que, dependendo de sua ação, possam aumentar seu potencial de transmissão ou sua letalidade. De fato, isso já aconteceu algumas vezes esse ano e as análises do genoma do SARS-COV2 são capazes de mostrar essa dinâmica. Como esperado pela teoria evolutiva, a maior parte dessas mutações é “silenciosa” no sentido de não provocar grandes mudanças na biologia do vírus, embora elas nos permitam rastrear sua histórica e entender padrões temporais e geográficos na expansão da pandemia (inclusive no Brasil). Mas eventualmente as coisas mudam, uma nova variante pode ser mais bem sucedida e favorecida pela seleção natural, de modo que a lei de Murphy se aplica...


Mas é interessante que, nas centenas ou milhares de comentários na mídia e nas redes sociais que surgiram na esteira das notícias sobre a nova variante, começam a aparecer algumas expressões e palavras interessantes, dizendo algo como “...o coronavírus mutou para ficar mais agressivo ou letal”, ou “mutou para aumentar o seu potencial de transmissão”. Pelos termos usados, parece que há uma “intencionalidade” nessa mudança, que que há um propósito subjacente a tudo isso, um alvo a ser atingido, um objetivo a ser alcançado. É como se o aumento da frequência da nova variante na população reflita intencionalmente o seu sucesso, quase como se as pessoas pensassem que o vírus tem esse “objetivo” de se espalhar cada vez mais.


Essas expressões, que denotam intencionalidade ou propósito, são pouco utilizadas em outras áreas da Ciência, como na Física e na Química, mas são comuns na Biologia. Elas são comuns mesmo entre os biológicos e estão usualmente ligadas à ideia de “função”, principalmente em um contexto morfológico e fisiológico (veja a excelente discussão sobre esse tema na “Filosofia da Biologia” de Samir Okasha). Em geral, define-se “função” no sentido dos processos evolutivos (adaptativos) que deram origem a uma dada característica, em uma concepção história, ou realmente em termos “mecânicos” de funcionamento, do processo que uma estrutura desempenha na sobrevivência do organismo. Mas é inescapável que pareça haver uma ideia de propósito nessas expressões, seja porque a seleção natural de fato “mimetiza” um processo intencional de ajuste ao ambiente ou de maximizar a sobrevivência (mas sem ideia de teleologia, ou seja, do objetivo futuro determinando e guiando o que acontece hoje), seja porque essas expressões são uma resquício das teorias do design que permeavam o conhecimento biológica até o século XIX, quando foram substituídas pelas ideias sobre evolução por seleção natural (como discutimos frequentemente aqui no “Ciência, Universidade e Outras Ideias”).


Mas essa questão do propósito e da intencionalidade em relação ao coronavírus nos leva a outra discussão MUITO mais interessante...Para as pessoas que aceitam o criacionismo e querem difundir a versão pseudocientífica da moda hoje, a “Teoria” do Design Inteligente, é forçoso perguntarmos: por que Deus criaria o coronavírus? Por que uma entidade bondosa, onipresente e onisciente criaria um ser capaz de gerar tanta dor e sofrimento para tantas pessoas? Por que já tivemos até agora, ao longo de 2020, mais de 1,7 milhão de pessoas mortas em todo o mundo, isso sem falar de outras milhões de pessoas que ficaram internadas nas UTIs, com sofrimento intenso para elas e para suas famílias? Por que deixar milhões de pessoas sofrendo com o distanciamento de seus entes queridos, na tentativa de controlar o aumento da pandemia, com consequências psicológicas e emocionais que ainda são difíceis de avaliar? Vamos pensar um pouco mais sobre isso e juntar dois tópicos que temos discutido bastante aqui no “Ciência, Universidade e Outras Ideias” ao longo de 2020, o Criacionismo como Pseudociência e a própria pandemia da COVID-19.


A discussão sobre a origem do mal perturba os teólogos há muito, muito tempo, e tem sido discutida genuinamente desde a antiguidade. Alguém poderia usar facilmente argumentos ad hoc do tipo “...Deus sabe o que faz”, ou “Ninguém é capaz de entender a mente de Deus”, ou mesmo apelar para ditados populares como “Deus escreve certo por linhas tortas” (invocando a ideia de que o sofrimento de alguns é para um bem maior – vejam abaixo). Mas os filósofos e naturalistas até o século XIX não ficavam plenamente satisfeitos com essas explicações ad hoc, pois estavam honestamente tentando entender a natureza por meio da única concepção teórica disponível na época (ou, pelo menos, a concepção teórica mais aceita na época). A ideia da “Teologia Natural” busca entender Deus de forma lógica e racional e, principalmente a partir do século XVIII e XIX, busca entender Deus a partir de sua grande criação, da própria natureza (diferente do que alguns chamam de “Teologia por Revelação”, no qual se acredita nos textos sagrados ou na palavra dos profetas).


Inicialmente poderíamos imaginar que o coronavírus, ou todas as formas de vida que nos causam mal, não foram criadas por Deus, mas sim por uma entidade maligna, um demônio. Mas isso foi rapidamente rechaçado logo no início da filosofia escolástica, ou mesmo antes, porque Deus é considerado o ser supremo e criador de todo o universo, de modo que a tradição judaico-cristã eliminou a ideia de um Universo maniqueísta onde haveria uma batalha perpétua entre o bem e o mal (embora essa concepção ainda exista de forma subliminar como uma ideia residual do politeísmo típico da maioria das religiões antigas). De qualquer modo, mesmo que o demônio conseguisse driblar as regras e criar seres malignos que causam o mal aos outros, Deus teria poder para simplesmente parar com todo o sofrimento. Vimos aqui no Brasil vários religiosos pedindo a Deus para proteger ou curar as pessoas da COVID-19 (e alguns alegando que isso REALMENTE acontecia...), mas por que Ele (ou Ela) faria isso se foi ele mesmo colocou o vírus entre nós, segundo os próprios criacionistas e fundamentalistas bíblicos? Complicado, e “fascinante”, como diria Spock...


Na verdade, uma primeira discussão importante sobre o conflito entre a existência do mal e uma divindade benevolente surge ainda no século III A.C., na forma do chamado “Paradoxo de Epicuro”. A ideia é que o Deus da tradição judaico-cristã, que seria onipresente, onisciente e benevolente, é logicamente incompatível com a existência do mal. O argumento extremamente interessante atribuído ao filósofo grego Epicuro é na realidade um “trilema”, pois as combinações dois a dois das características de Deus são logicamente inconsistentes, conforme as 3 sentenças abaixo:


1. Se Deus é onisciente e onipotente, Ele tem conhecimento sobre todo o mal existente no mundo e tem o poder para acabar com ele, mas como o mal existe ele não seria benevolente (ou onibenevolente);


2. Se Deus é onipotente e benevolente, então Ele teria poder para extinguir o mal e desejaria fazer isso, mas como o mal existe ele não deve ser capaz de reconhecê-lo plenamente a todo o momento, de modo que ele não seria onisciente;


3. Se Deus é onisciente e benevolente, então ele percebe todo o mal em todos os momentos e quer eliminá-lo, mas é incapaz de fazê-lo, de modo que Ele não seria onipotente.



Então, Deus não pode ser onipotente, onisciente e benevolente ao mesmo tempo...Em uma versão mais sintética, Charles Ray, em sua Filosofia da Necessidade de 1863, atribui a Epicuro a seguinte frase:


“Seria Deus desejoso de prevenir o mal mas incapaz? Portanto não é omnipotente. Seria ele capaz, mas sem desejo? Então é malévolo. Seria ele tanto capaz quanto desejoso? Então por que há o mal? Por que chamá-lo de Deus”



Santo Agostinho, séculos depois de Epicuro, brilhantemente rejeitou esse argumento ao dizer que o mal é consequência do pecado original e, portanto, algo inerente ao ser humano, de modo que sua existência (do mal) não é incompatível com a Divindade (isso depois de rejeitar o maniqueísmo). Deus cria o Homem com livre arbítrio e ele pode escolher entre o bem e o mal e, remontando a Heráclito, talvez o próprio bem não faça sentido sem que haja o mal. Em um certo sentido, essa discussão do mal como intrínseco à espécie humana está no centro do debate sobre a própria natureza humana, contrastando por exemplo as visões de Hobbes e Rosseau já nos séculos XVII e XVIII. Bem mais recentemente, Hannah Arendt (1906 – 1975) me parece expandir esse tipo de percepção do mal como inerente ao ser humano e o coloca no contexto social e político, discutindo especificamente o caso do julgamento do nazista Eichmann e criando o conceito de “banalidade do mal”. A ideia de compatibilizar racionalmente a ideia de Deus com o mal que vemos no nosso dia a dia, como proposta por Santo Agostinho, é chamada de teodicéia, e a solução encontrada por ele, do mal como sendo um atributo humano e fruto do pecado original, iria influenciar vários outros filósofos importantes desde então, incluindo São Tomaz de Aquino que, como vimos antes, usa a própria complexidade dos organismos e da natureza como uma das provas da existência de Deus.


Poderíamos facilmente voltar à tese agostiniana para explicar a existência do coronavírus se aceitarmos algumas das teorias da conspiração vigentes e pensarmos que o coronavírus é produto de engenharia genética chinesa (embora isso seja cientificamente ridículo, considerando o que sabemos sobre a origem do SARS-COV2) e, assim, fruto da má conduta do Homem. Mas o que fazer das outras viroses e doenças infecciosas? Mas vamos voltar à ideia do criacionismo e do design inteligente, pois estou no limite de ser dominado pela síndrome do impostor ao discutir concepções teológicas e filosóficas sobre o bem e do mal de modo mais amplo... Me parece difícil usar a teodiceia agostiniana no caso do coronavírus e de qualquer outro patógeno, pois não estamos falando, pelo menos em princípio, de um mal causado pelo Homem (o chamado “mal moral”). Ou seja, estamos falando do mal na própria natureza, embora Santo Agostinho entenda que todo o mal é consequência do pecado original, de modo que o “mal natural” também pode ser entendido no mesmo contexto. Depois da expulsão do paraíso, onde a natureza era perfeita, há um grande degradação na Terra e, a partir daí, tudo de ruim pode acontecer. Um pouco forçado, mas tudo bem...


Então, nesse sentido, uma onça atacando um boi pode ser considerada “malvada” (e assim justificar seu massacre pelos fazendeiros e caçadores)? Dada a nossa proximidade evolutiva, muda alguma coisa assistirmos aos perturbadores vídeos da caçada dos chimpanzés a um macaco Colobus? E se assistirmos aos telejornais sensacionalistas, somos realmente capazes de entender e abstrair a violência e o que o Homem (nesse caso usualmente o homem mesmo, do sexo masculino...) é capaz de fazer com seus semelhantes? E, aliás, por que mesmo esses telejornais existem e fazem tanto sucesso? E que tal pensarmos no exemplo mais discutido na teologia natural do século XIX, e talvez o mais terrível de todos, e tentarmos explicar o sofrimento causado pelas vespas icneumonóides (superfamília Ichneumonoidea, da ordem Hymenoptera) aos seus hospedeiros (diga-se de passagem que esses organismos inspiraram a forma de vida alienígena do famoso filme Alien – 0 Oitavo Passageiro, de Ridley Scott)? Esse caso dos icneumonóides foi discutido em detalhes por Stephen Jay Gould no seu livro “Quando as Galinhas Tiverem Dentes” (do título original Hens Teeths and Horse Toes, de 1984), com uma teodiceia variada que inclui desde a ideia de que Deus criou os icneumonóides para ajudar os humanos a controlar a população de borboletas e mariposas e permitir a agricultura (uma ideia básica de controle biológico, que realmente passou a ser usada posteriormente...) até a exaltação do amor materno da fêmea icneumonóide que enfrenta hospedeiros agressivos - como algumas aranhas - para poder colocar seus ovos. Isso passando também pela ideia de que o sofrimento só pode ser percebido por seres racionais, de modo que os animais (e algumas raças humanas...) não seriam sujeitas à concepção do mal, resolvendo assim qualquer conflito.


Mas o principal argumento da teologia natural do século XIX, que está no sexto livro dos “Tratados de Bridgewater” (Geology and Mineralogy considered with reference to Natural Theology), escrito por William Buckland em 1837, é justamente que Deus é bondoso e que os predadores foram criados para equilibrar os sistemas naturais e eliminar um mal maior, não deixando por exemplo que houvesse fome e sofrimento nas populações de herbívoros ou de presas. Não se sabia praticamente nada sobre microorganismos, e muito menos sobre vírus, naquela época, mas a ideia de que todos os organismos existem com um propósito e existem para manter a vida em equilíbrio e harmonia. Os carnívoros comem os herbívoros, mas quando os carnivoros morrem eles viram a grama que é comida pelos herbívoros, tudo no mais perfeito equilíbrio em um grande ciclo sem fim, como explicou um dia Mufasa pra Simba...


Voltando então ao caso do coronavírus e outras viroses ainda mais letais, poderíamos pensar que Deus de certo modo está querendo controlar a nossa população, na busca de um bem maior (embora um planeta com mais de 7 bilhões de pessoas não torne esse argumento lá muito convincente)? Dentro da concepção geral de teodiceia, o mal sempre existe para promover um bem maior, nesse caso a persistência da nossa própria espécie como um todo em um planeta depauperado e cada vez mais inabitável. É sempre preciso avaliar o que temos em relação ao que poderia ser se não houvesse o mal, algo como um raciocínio contrafactual...Difícil imaginar que o mundo de 2020 seria um lugar pior sem o coronavírus, mas pelo menos nos países de Bolsonaro e Trump infelizmente tudo parece ser possível....Encontramos ainda explicações análogas vindas de outras concepções metafísicas ou religiosas não-bíblicas, como por exemplo todas as ideias sobre o planeta ser um único superorganismo (“Gaia”) e que está doente agora com toda a ação humana e ocupação desenfreada, não estando mais em harmonia com o espírito da Terra (como colocado recentemente por Ailton Krenak), uma ideia que permeia várias culturas ancestrais e religiões deístas ou panteístas. Isso justificaria a "ira de Deus"? O fim da Humanidade no Apocalipse?


Essas ideias estão em um certo sentido difundidas também na nossa cultura popular, explorada por Dan Brown no seu “Inferno” e expressas nas palavras do agente Smith em Matrix: “...vocês vão para uma área e se multiplicam e se multiplicam até que todos os recursos naturais sejam consumidos... os seres humanos são uma doença, um câncer neste planeta”. Isso sem falar em Thanos, o supervilão da Marvel, que elimina 50% da população da Terra (ao acaso, aliás...). Em um contexto um pouco mais científico, essas concepções sobre perturbações integradas no sistema e criando respostas complexas e não-lineares em vários componentes em escala planetária poderiam ser associadas com a ideia de sindemia, mas claro que em outro contexto já que não estamos falando de propósito e intencionalidade, em um sentido metafísico. De qualquer modo, de volta a Malthus! Mas, em termos humanistas, nada disso faz sentido e podemos pensar em Condorcet de forma mais otimista, como também já discutimos na primeira postagem de 2020, antes da pandemia!


Alternativamente, seria a pandemia algum tipo de teste da nossa perseverança, ou alguma prova de devoção da Humanidade? Até onde eu saiba não vemos muita seletividade religiosa nos casos graves e óbitos por COVID-10 (exceto se pensarmos, ao contrário, em pessoas contaminadas porque desrespeitaram o isolamento social indo às igrejas...), então não consigo pensar que há algum tipo de juízo de valores por parte de Deus e que as pessoas que estão morrendo ou sofrendo estão, de alguma forma, pagando por seus pecados. Mas posso simplesmente não ser criativo o suficiente para achar algo. Não preciso lembrar a todos que as pessoas mais afetadas pela COVID-19 são justamente os profissionais de saúde que estão tentando salvar a vida das outras pessoas e minimizar seu sofrimento, então nada mais injusto por parte de qualquer divindade, se fosse esse o caso...


Poderíamos continuar discutindo e gerando explicações desse tipo por muito tempo mas, no final, não há o que testar e, na minha concepção, não há como chegar a uma explicação realmente satisfatória sob o ponto de vista racional (tudo bem, pode ser o meu viés de cientista...). Por mais interessante que sejam academicamente, as ideias de teologia racional ou natural não me parecem suficientes, e mesmo necessárias, para explicar o mundo natural em pleno século XXI. Isso porque estamos aceitando como pressuposto o fato de que Deus criou os organismos, cada qual com seu propósito, que realmente desconhecemos, e que a pandemia tem algum propósito maior, portanto. Aceitamos que Deus escreve certo por linhas tortas e nos conformamos ao cavar as sepulturas, é isso mesmo?




Entretanto, o que começamos a entender a partir de meados do século XIX é que a explicação científica para a diversidade biológica é a evolução, que consiste basicamente em variação herdável que se propaga por seleção natural dependendo de condições ambientais a cada instante de tempo. Os organismos estão simplesmente maximizando sua aptidão, em geral individualmente, quer estejamos falando de uma simples fita de RNA envolta em uma capa de proteína e lipídeos ou um macaco pelado neotênico que evoluiu na África há mais de 2 milhões de anos atrás e procura desesperadamente entender suas origens. Não há evidência científica de que haja propósito ou intencionalidade na evolução, ninguém está dirigindo esse processo de mudança para lugar nenhum. Nesse sentido, o coronavírus não é mal, nem é bom...Esses adjetivos simplesmente não fazem sentido. Ele não é também uma “degeneração” de um vírus bom criado por Deus para ajudar os morcegos a voarem melhor e cujo evento acidental de spillover está nos castigando por causa da maneira como lidamos com o planeta.


Assim, não é à toa que todas as tentativas de definir uma ética ou uma concepção moral a partir da natureza tenham falhado terrivelmente. Em um certo sentido, a natureza está acima do bem e do mal, nossa ética não deixa de ser um produto emergente do nosso córtex cerebral hiperdesenvolvido e da nossa necessidade de otimizar o funcionamento das estruturas sociais, sejam elas quais forem. E, mesmo assim, parece que mesmo com a nossa consciência e a emergência de todo o conhecimento científico e filosófico acumulado nos últimos 2 milênios, continuamos a seguir a máxima Darwiniana e temos feito um ótimo trabalho em aumentarmos nossa aptidão e, consequentemente, nossa população. Mesmo que isso esteja custando a destruição do resto da natureza e, em última instância, de nós mesmos. E nem precisamos de Thanos para nos ajudar nisso, basta pensar na sindemia! Mas esse é um ótimo tema para uma próxima postagem...




Arte capa e figuras: Ana Clara Diniz

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